Haddad afirma que Drex trará transparência e não servirá para monitorar brasileiros

Ministro da Fazenda explicou que a moeda digital do Banco Central será um avanço no sistema financeiro, com foco em eficiência e segurança.

O debate sobre o Drex, versão digital do real criada pelo Banco Central (BC), voltou a ganhar força no último sábado (27). Em entrevista ao podcast 3 Irmãos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou os avanços do projeto e negou que a moeda digital seja um instrumento para monitorar gastos da população. Segundo ele, o objetivo é tornar o sistema financeiro mais eficiente e transparente.

O Drex é uma moeda digital emitida pelo Banco Central, conhecida como CBDC (Central Bank Digital Currency). Ele terá o mesmo valor do real tradicional, mas funcionará em ambiente totalmente digital, sob supervisão do BC. As transações serão feitas por bancos e instituições autorizadas, garantindo a mesma segurança do real físico, mas com vantagens como contratos inteligentes e maior integração com serviços tecnológicos.

Haddad destacou que a condução técnica e os prazos do projeto são responsabilidade exclusiva do Banco Central. Embora considere o Drex um passo importante para modernizar o sistema financeiro, ele alertou que as etapas podem levar mais tempo do que o previsto, dependendo da complexidade.

O ministro também ampliou o debate para temas de soberania digital. Criticou os altos custos de transação no Brasil e defendeu a regulação de grandes empresas de tecnologia, que, segundo ele, cobram “pedágios” excessivos sobre serviços digitais. Ele ainda propôs instalar mais data centers no país para proteger dados sensíveis e reduzir a dependência de servidores estrangeiros.

Para o governo, o Drex faz parte de uma transformação maior na economia digital brasileira. Além de facilitar pagamentos e reduzir custos, a moeda pode abrir caminho para novas soluções financeiras e aumentar a competitividade do Brasil em um cenário global cada vez mais digital.

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